Agropalma em parceria com Biofílica anunciam projeto de REDD+, certificado pela Verra, envolvendo mais de 50 mil hectares no Pará. Mais de13 mil ha são sobre florestas nativas para evitar o desmatamento e outra parte de plantio industrial de palma sobre áreas já desmatadas, como pastagens. Segundo as empresas, seriam sequestrados mais de 6 ton. de CO2 equivalente por hectare de palma.

Empresa marroquina Tourba expôs para a Aprosoja/MS sobre agricultura de carbono e como os créditos de carbono gerados pelos produtores rurais significam uma margem de lucro adicional de 10 a 20% para a soja. Segundo o Presidente da Aprosoja/MS, os produtores de soja precisam estar no mercado de carbono para acessar os créditos verdes.

Os movimentos denunciam que o mercado de carbono e o avanço da produção de energias tidas como renováveis incentiva a especulação fundiária por corporações nacionais e transnacionais, levando a mais violência no campo. O enfrentamento à crise climática, afirma a Carta, não será eficaz sem democratização da terra e promoção da agroecologia.

Dois fundos de investimentos no agronegócio compraram mais de R$54 milhões em títulos de dívida do setor que têm como garantia créditos de carbono florestal. Os projetos de REDD+ estão sobre parte dos 500 mil hectares de terras públicas federais griladas pela empresa emissora da dívida, a Stoppe Ltda., em um esquema que pode ser a maior fraude envolvendo créditos de carbono no país.

Governo de Moçambique e a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) assinaram acordo para ampliar investimentos na expansão de produção de biodiesel sobre os 36 milhões de ha de terras agricultáveis do país. As gigantes da energia Total e Eni já estudam de biodiesel a partir do coco, palma e caroço de algodão, algo que pode modificar o controle sobre a terra no país por corporações.

Hoje vamos ver como os incêndios criminosos favorecem a grilagem e as consequências do roubo de terras para as comunidades tradicionais.

Empresas vendem crédito de carbono no mercado voluntário, enquanto País demora para criar ambiente regulado; União Europeia e Nova Zelândia saem na frente

Como o Brasil está se convertendo em um laboratório de agroinvestimentos? Aliança entre capital financeiro e propriedades rurais pode gerar maiorias de sem-terra, sem-teto, e sem água, que podem financiar seus próprios expropriadores.

Reportagem do site Salve a Floresta afirma que a chamada sustentabilidade zero, propalada pela Agropalma, não passa de um “embuste por trás da certificação do óleo de palma” da empresa sediada em terras do Pará entre os municípios do Acará e Tailândia numa área de 106 mil – maior do que o tamanho da cidade do Rio de Janeiro e onde estão localizadas terras particulares da família Tabaranã, áreas públicas, quilombolas e indígena.

Gigantes da economia contestam restrições à empresas nacionais com maioria de capital estrangeiro para adquirir terras. O tema tem gerado guerras empresariais entre empresas nacionais e corporações e fundos de investimentos estrangeiros.

Queda do preço das commodities diminuiu a rentabilidade dos produtores e travou os negócios com terras, interrompendo o ciclo de 3 anos de alta dos preços. Terras de pastagem seguem valorizadas com novo negócio de regeneração do solo.

Mudanças na Lei de Terras do Maranhão, que autoriza transferência de terras públicas de até 2500ha para particulares, pode gerar corrida por grilagem, inclusive com uso da violência.