25-7-2017, Brasil de Fato
Com o lema "Corruptos, devolvam nossas terras!", o movimento denuncia a relação do agronegócio com o governo Temer
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) protagonizou na terça-feira, dia 25, mais uma Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Com o tema "Corruptos, devolvam nossas terras!", os militantes realizaram ocupações por todas as regiões do país, denunciando o apoio do agronegócio ao governo golpista de Michel Temer, além do avanço no desmonte da agenda ambiental e de demarcação de terras.
Uma das ações mais simbólicas foi a ocupação por cerca de 800 sem-terra da fazenda Esmeralda, no interior de São Paulo. A propriedade está registrada no nome de João Batista Lima Filho, assessor e amigo pessoal de Temer. Moradores da região afirmam que a fazenda também é propriedade do presidente golpista, utilizada para a realização de reuniões privativas do PMDB, e que o nome do Coronel Lima serve para acobertar possíveis irregularidades em relação à área.
Os sem-terra também ocuparam a Fazenda Santa Rosa, de Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. Cerca de 200 camponeses participaram da ação no município de Piraí, Rio de Janeiro.
Outra ação importante foi a ocupação da fazenda SM2, do grupo Amaggi, empresa que pertence à família do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP-MT). A propriedade fica em Rondonópolis, no Mato Grosso.
Segundo Idalice Nunes, da direção nacional do MST, a ocupação tem o objetivo de denunciar a alta concentração de terras na região Centro-Oeste.
"O senador Blairo Maggi é um dos maiores produtores de soja do Mato Grosso e que, além de usar um milhão de litros de veneno em suas propriedades, ainda concentra terra e não permite que a reforma agrária aconteça".
Já no Maranhão, a ocupação se deu na Base de Alcântara, Centro de Lançamento de foguetes da Força Aérea Brasileira, que teve sua entrada bloqueada por mais de 500 sem-terra e integrantes de comunidades quilombolas afetadas pela construção da obra.
Segundo Maria Divina Lopes, da Direção Estadual do MST, a ocupação tem o objetivo de denunciar os acordos de utilização da base pelos EUA, considerados, pelo movimento como uma ameaça à soberania nacional. As negociações foram retomadas pelo ex-ministro de Relações Exteriores do governo golpista, José Serra.
"Estamos denunciando fortemente a estrangeirização das terras e o fato dos nossos territórios estarem sendo negociados por corruptos".
O MST também realizou ocupações na fazenda Junco, do Senador Ciro Nogueira, do PP, denunciado por corrupção pela Operação Lava Jato; em áreas de grilagem envolvendo o grupo JBS no Distrito Federal; além de um latifúndio improdutivo da empresa Nutriara Alimentos no noroeste do Paraná e uma fazenda de monocultura de cana no Mato Grosso do Sul.
Na Bahia, os sem-terra ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Salvador. Já em Sergipe, mais de 10 mil trabalhadores marcharam pela capital.
Edição: Luiz Felipe Albuquerque
Sem-terra ocuparam propriedade registrada no nome de Coronel Lima, assessor e amigo pessoal de Temer / José Eduardo Bernardes
Com o lema "Corruptos, devolvam nossas terras!", o movimento denuncia a relação do agronegócio com o governo Temer
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) protagonizou na terça-feira, dia 25, mais uma Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Com o tema "Corruptos, devolvam nossas terras!", os militantes realizaram ocupações por todas as regiões do país, denunciando o apoio do agronegócio ao governo golpista de Michel Temer, além do avanço no desmonte da agenda ambiental e de demarcação de terras.
Uma das ações mais simbólicas foi a ocupação por cerca de 800 sem-terra da fazenda Esmeralda, no interior de São Paulo. A propriedade está registrada no nome de João Batista Lima Filho, assessor e amigo pessoal de Temer. Moradores da região afirmam que a fazenda também é propriedade do presidente golpista, utilizada para a realização de reuniões privativas do PMDB, e que o nome do Coronel Lima serve para acobertar possíveis irregularidades em relação à área.
Os sem-terra também ocuparam a Fazenda Santa Rosa, de Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. Cerca de 200 camponeses participaram da ação no município de Piraí, Rio de Janeiro.
Outra ação importante foi a ocupação da fazenda SM2, do grupo Amaggi, empresa que pertence à família do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP-MT). A propriedade fica em Rondonópolis, no Mato Grosso.
Segundo Idalice Nunes, da direção nacional do MST, a ocupação tem o objetivo de denunciar a alta concentração de terras na região Centro-Oeste.
"O senador Blairo Maggi é um dos maiores produtores de soja do Mato Grosso e que, além de usar um milhão de litros de veneno em suas propriedades, ainda concentra terra e não permite que a reforma agrária aconteça".
Já no Maranhão, a ocupação se deu na Base de Alcântara, Centro de Lançamento de foguetes da Força Aérea Brasileira, que teve sua entrada bloqueada por mais de 500 sem-terra e integrantes de comunidades quilombolas afetadas pela construção da obra.
Segundo Maria Divina Lopes, da Direção Estadual do MST, a ocupação tem o objetivo de denunciar os acordos de utilização da base pelos EUA, considerados, pelo movimento como uma ameaça à soberania nacional. As negociações foram retomadas pelo ex-ministro de Relações Exteriores do governo golpista, José Serra.
"Estamos denunciando fortemente a estrangeirização das terras e o fato dos nossos territórios estarem sendo negociados por corruptos".
O MST também realizou ocupações na fazenda Junco, do Senador Ciro Nogueira, do PP, denunciado por corrupção pela Operação Lava Jato; em áreas de grilagem envolvendo o grupo JBS no Distrito Federal; além de um latifúndio improdutivo da empresa Nutriara Alimentos no noroeste do Paraná e uma fazenda de monocultura de cana no Mato Grosso do Sul.
Na Bahia, os sem-terra ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Salvador. Já em Sergipe, mais de 10 mil trabalhadores marcharam pela capital.
Edição: Luiz Felipe Albuquerque