Chineses e árabes procuram terrenos férteis para produzir no País
- IG
- 08 September 2011
Para Incra, esses investimentos podem não apresentar melhora significativa no desenvolvimento econômico do meio rural do Brasil
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Para Incra, esses investimentos podem não apresentar melhora significativa no desenvolvimento econômico do meio rural do Brasil
Governo e entidades mundiais debatem regras para compra de terrenos em cenário de crescente falta de comida para todos
Câmara dos Deputados debate assunto para chegar a um projeto de lei que contemple todos os envolvidos no processo
O governo de Moçambique está cedendo o uso de 6 milhões de hectares - o que corresponde a dois terços de Portugal - para agricultores brasileiros plantarem soja, algodão e milho no norte do país
A organização moçambicana Justiça Ambiental considerou "preocupante e perigoso" que o governo atribua "de uma só vez" 60 mil quilómetros quadrados de terra aos agricultores brasileiros, alertando para o perigo de violação dos direitos da população camponesa.
Oito anos após se instalar em Mato Grosso, o grupo argentino El Tejar se transformou no maior produtor de soja em terras brasileiras.
O governo de Moçambique está oferecendo uma área de 6 milhões de hectares - equivalente a três Sergipes- para que agricultores brasileiros plantem soja, algodão e milho no norte do país.
Ocorre que, desde 2008, se renovaram as pressões sobre o espaço amazônico decorrentes do crescimento da demanda mundial por alimentos, que causou a alta nos preços da comida em 2010.
O Ministério da Agricultura (Mapa) avalia que a atual legislação sobre compra de terras por estrangeiros no país "não está clara", dificulta a vinda de investidores e traz "insegurança jurídica".
O domínio de terras agrícolas por países ricos na África, a fim de alimentar suas próprias populações, pode deixar os moradores rurais africanos sem terra e trabalho, agravando o problema da fome no continente.
As propostas que tratam da compra de terras por estrangeiros são a prioridade da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para votação no segundo semestre.
As mudanças na legislação brasileira que restringiram a compra de terras por estrangeiros no país foram apresentadas como motivo principal para a gigante portuguesa Portucel Soporcel suspender um projeto de investimento.