Fábrica de açúcar nasce no Cunene

Jornal de Angola | 07 de Fevereiro, 2012
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Pormenor da assinatura do acordo sobre a construção de duas fábricas de refinação do açúcar e etanol na província do Cunene (Foto: Kindala Manuel)

Madalena José


Angola e Japão assinaram ontem, em Luanda, um protocolo para a construção das fábricas de produção e refinação de açúcar e etanol, no município de Humbe, no Cunene.

O projecto é da empresa japonesa Marubeni, que vai investir cerca de 652 milhões de dólares, para a construção de duas fábrica. De acordo com o embaixador do Japão em Angola, Ryozo Myoi, a unidade fabril de refinação vai ter capacidade para produzir anualmente 400 mil toneladas de açúcar branco e 20 mil toneladas de cana por dia para refinado.

A fábrica de etanol vai ter uma capacidade de produção calculada em 40 mil quilolitros por ano, processando 200 quilolitros por dia de álcool anidro e álcool extra neutro.

O projecto tem uma área total de 66 mil hectares de plantação de cana-de-açúcar e vai empregar 15 mil trabalhadores.

O embaixador referiu que as fábricas, em actividade dentro de cinco anos, vão contribuir para a redução da dependência de importação de açúcar, na diversificação da indústria, incentivo ao desenvolvimento agro-industrial, criação de novos empregos e desenvolvimento e revitalização da economia e da sociedade.

O ministro da Geologia, Minas e Indústria, Joaquim David, disse que a assinatura do protocolo vai ajudar a dignificar a população do Cunene, que há muito manifestou o desejo de revitalizar a indústria, agricultura e outros sectores.

A localidade do Humbe, de acordo com o ministro, tem um potencial que se coaduna com o que a Marubeni pretende efectuar. Com o apoio de várias entidades, já foi feito um trabalho significativo na área de engenharia para a implantação das fábricas.

“A assinatura vai permitir concluir o estudo de engenharia no sistema de irrigação e servir de base para o diálogo das instituições locais e bancárias”, afirmou. Além deste projecto, o Japão tem, em Angola, outros já em andamento, como a recuperação de três fábricas têxteis, nomeadamente, a Textang-II, em Luanda, a de Benguela e a SATEC, no Dondo, província do Kwanza-Norte. Testemunharam o acto, os ministros da Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Hotelaria e Turismo e representantes da província do Cunene. Assinaram, pela parte de Angola, o director do Instituto de Desenvolvimento Industrial, Benjamim Dombolo, e pela Marubeni Corporaction, Mosataka Kuramoto.
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