Moçambique oferece terra à soja brasileira
- IHU
- 14 August 2011
O governo de Moçambique está oferecendo uma área de 6 milhões de hectares - equivalente a três Sergipes- para que agricultores brasileiros plantem soja, algodão e milho no norte do país.
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O governo de Moçambique está oferecendo uma área de 6 milhões de hectares - equivalente a três Sergipes- para que agricultores brasileiros plantem soja, algodão e milho no norte do país.
Ocorre que, desde 2008, se renovaram as pressões sobre o espaço amazônico decorrentes do crescimento da demanda mundial por alimentos, que causou a alta nos preços da comida em 2010.
O Ministério da Agricultura (Mapa) avalia que a atual legislação sobre compra de terras por estrangeiros no país "não está clara", dificulta a vinda de investidores e traz "insegurança jurídica".
O domínio de terras agrícolas por países ricos na África, a fim de alimentar suas próprias populações, pode deixar os moradores rurais africanos sem terra e trabalho, agravando o problema da fome no continente.
As propostas que tratam da compra de terras por estrangeiros são a prioridade da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para votação no segundo semestre.
As mudanças na legislação brasileira que restringiram a compra de terras por estrangeiros no país foram apresentadas como motivo principal para a gigante portuguesa Portucel Soporcel suspender um projeto de investimento.
"Com a crise climática e ambiental, biodiversidade, terra e água assumem significados cada vez mais estratégicos em escala global. O Brasil, em especial a Amazônia, é abundante nesses recursos, cujos controles passam pelo controle da terra."
Análise Preliminar do Fenómeno de Usurpação de terras em Moçambique. Casos de Estudo
O Estado brasileiro precisa ter essa informação e conhecer as atividades desenvolvidas por estrangeiros
A proposta da Corporação Financeira Internacional (CFI) do Banco Mundial de financiar a empresa Calyx Agro não foi vista com bons olhos por organizações sociais latino-americanas e europeias.
No início de abril, uma delegação baiana desembarcou na China - aproveitando a visita da presidente Dilma Rousseff à Ásia - para dar encaminhamento a este e a outros investimentos estrangeiros.
Conforme proposta, governo deve emitir autorização para aquisições acima de cinco hectares