Liberação da venda de terra para estrangeiros deve ser aprovada na Câmara
- IHU
- 27 Mar 2012
Pelo acordo, deputados vão aprovar o fim de restrições a empresas brasileiras com maioria de capital estrangeiro
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Pelo acordo, deputados vão aprovar o fim de restrições a empresas brasileiras com maioria de capital estrangeiro
O Executivo angolano, por intermédio do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, vai ceder a Cabo Verde, nos próximos tempos, cerca de sete mil e 500 hectares de terra, para a produção agro-pecuária, no quadro do reforço e alargamento das relações bilaterais.
"O Agronegócio representa um pacto de poder das classes sociais hegemônicas, com forte apoio do Estado Brasileiro, pautado na financeirização e na acumulação de capital, na mercantilização dos bens da natureza, gerando concentração e estrangeirização da terra"
Cerca de dois milhões e meio de hectares foram concedidos a investidores estrangeiros de países, como África do Sul, Austrália, Portugal, Suécia, Noruega e Índia.
A China está mudando seu modelo de investimentos na agricultura da América do Sul. Diante das restrições a estrangeiros para a aquisições de terras no Brasil e na Argentina, os chineses passaram a privilegiar aportes em infraestrutura em troca do direito exclusivo de comprar a colheita.
Após terem sido analisados vários países, casos da Colômbia, Paraguai e Uruguai, Rússia, Ucrânia e também outros países africanos, a administração da SLC Agrícola decidiu-se por Moçambique por haver maior estabilidade política e incentivos por parte do governo.
Angola e Japão assinaram ontem, em Luanda, um protocolo para a construção das fábricas de produção e refinação de açúcar e etanol, no município de Humbe, no Cunene. O projecto tem uma área total de 66 mil hectares de plantação de cana-de-açúcar.
A Companhia Albertina formalizou o arrendamento de 8.000 hectares de cana-de-açúcar pela LDC-SEV -- braço sucroalcooleiro da francesa Louis Dreyfus Commodities.
A subcomissão que analisa regras para a compra de terras brasileiros por estrangeiros prorrogou suas atividades até 23 de março próximo.
O Senado argentina aprovou na quinta-feira uma lei que limita a venda de terras para estrangeiros no país que é um dos principais exportadores globais de grãos, uma medida que o governo afirma que vai proteger um recurso estratégico.
Na África, o geógrafo brasileiro Bernardo Mançano Fernandes critica "estrangeirização" da terra: Brasil é vítima e autor de política encabeçada pela China.
O governo está decidido a limitar e regular a compra de terras por estrangeiros, mas ainda não sabe exatamente como fazê-lo.