Uma corrida por terras de emergentes
- IHU
- 16 November 2012
A corrida por terras agrícolas levou investidores estrangeiros a adquirir pelo menos 83 milhões de hectares em países em desenvolvimento entre 2000 e 2010, segundo o Deutsche Bank.
A corrida por terras agrícolas levou investidores estrangeiros a adquirir pelo menos 83 milhões de hectares em países em desenvolvimento entre 2000 e 2010, segundo o Deutsche Bank.
“Apesar de pequenos agricultores produzirem quase a metade dos alimentos no mundo, eles constituem a população mais fragilizada, em situação de miséria e fome, cuja ausência de titularidade ou posse da terra os torna mais vulneráveis”, constata a socióloga.
A Austrália decidiu criar um registro nacional para os estrangeiros proprietários de terras agrícolas, anunciou a primeira-ministra Julia Gillard, no momento em que parte do setor rural manifesta preocupação com a venda de propriedades, em particular aos chineses.
União Nacional de Camponeses condena veementemente qualquer iniciativa que preconize o reassentamento de comunidades e expropriação de terra dos camponeses, para dar lugar à mega projectos agrícolas de produção de monoculturas
Para compreender a estrangeirização das terras e suas consequências, a Radioagência NP entrevistou o professor Sérgio Sauer, que também é relator do Direito Humano a Terra, Território e Alimentação da Plataforma Dhesca.
A venda de terras de comunidades tradicionais em larga escala pode agravar a insegurança alimentar, principalmente com a concentração da posse por grupos estrangeiros.
O projecto está avaliado em mais de 14 biliões de meticais e espera-se que envolva o sector privado de modo a criar mais postos de trabalho.
A Olam International, uma transnacional Indiana do agronegócio, e está a desenvolver um sistema gigantesco de fomento agrícola nos 850 mil hectares de terra que lhe foram concedidos por 20 anos, num local não muito longe do porto da Beira, em Moçambique.
Um Fundo para a Iniciativa de Desenvolvimento Pro-Savana constituído por um montante inicial de 750 mil dólares americanos, será estabelecido amanhã em Nampula, Moçambique.
Fundos soberanos constituídos por Estados estrangeiros também não poderão comprar terras.
Essa área está distribuída por 3.692 cidades e ocupa cerca de 0,53% do território nacional, o que equivale ao estado do Rio Grande do Norte.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) lançou ontem, em Brasília, o fundo Nacala, voltado a investimentos no setor de agronegócios em Moçambique. A captação vai começar em novembro e a meta é levantar US$ 2 bilhões em um prazo de até quatro meses