Ministro moçambicano vê 'conspiração' em críticas ao plano de produção de alimentos
- Folha de S.Paulo
- 30 November 2013
O ministro da Agricultura de Moçambique, José Condungua Pacheco, vê uma "conspiração" nas críticas ao ProSavana.
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O ministro da Agricultura de Moçambique, José Condungua Pacheco, vê uma "conspiração" nas críticas ao ProSavana.
Não temos um Governo a trabalhar para o povo, a defende-lo e aos seus interesses, temos um governo cego de ganância, a fazer negócios irreflectidos, um atrás do outro e como se não houvesse amanhã.
Uma das figuras centrais do movimento "sem-terra" brasileiro, Augusto Juncal, esteve em Maputo como "reforço de peso" da campanha dos camponeses moçambicanos contra o ProSAVANA.
Mais de 200 representantes de associações de camponeses de seis países estão reunidos em Maputo na II Conferência Internacional Camponesa sobre Terra para estudar estratégias para "deter a usurpação de terra dos camponeses" pelo setor privado.
O presidente da UNAC, Augusto Mafigo confirmou em declarações à RFI a preocupação dos agricultores moçambicanos no tocante aos futuros projectos de optimização agrícola alegadamente.
Os responsáveis do ProSavana garantem que nenhum agricultor vai perder a sua terra por causa do programa e sublinham que todos os investidores deverão respeitar a lei de terras moçambicana.
A relação entre os pequenos agricultores moçambicanos, comunidades rurais e os investidores estrangeiros tem sido caracterizada pelo surgimento de focos de conflitos de terras resultantes da falta de transparência na atribuição de espaço a estes últimos e a sua consequente usurpação.
Responsável da Associação Rural de Assistência Mútua de Nampula, condena a falta de transparência do projeto de desenvolvimento agrícola e mostra-se preocupado com a "usurpação de terras dos camponeses".
Desde seu lançamento, o ProSavana é acusado de tentar destruir a agricultura moçambicana por meio de uma “invasão de megaprodutores brasileiros”, que “se utilizariam de financiamento japonês”, em uma “repetição do processo que destruiu o Cerrado brasileiro”.
"Os investidores prometem criar empregos locais e dizem que o uso de tecnologia vai melhorar a segurança alimentar. Mas poucos desses benefícios se materializam"
Representada pela Plataforma Provincial da Sociedade Civil de Nampula emitiu nesta quarta-feira um comunicado de Imprensa onde veementemente volta a “atacar” o Governo e a manifestar-se contra a implementação do programa Prosavana.
A publicação apresenta uma análise dos dados e consequências do programa ProSavana, que busca implantar o agronegócio no Norte do país africano, através de um acordo de cooperação triangular entre Brasil, Japão e Moçambique.