A organização ambientalista não governamental GRAIN reiterou hoje as acusações de usurpação de terras feitas à AgroMoz em Moçambique, depois de a empresa ter rejeitado as acusações iniciais de um relatório sobre este tema.
"O colonialismo português está de volta" é o título de um novo relatório sobre os negócios fundiários em Moçambique, centrado no Corredor de Nacala, no norte do país.
Os empresários Miguel Pais do Amaral, Américo Amorim e a Rio Forte são acusados por uma Organização Não Governamental espanhola e pelo sindicato de camponeses de Moçambique de usurparem terras sem indemnizarem os habitantes locais.
Empresas portuguesas são acusadas de ocupar ilegalmente propriedades agrícolas. E estilhaços do caso BES chegam a África.
Um novo estudo sobre os negócios fundiários de Moçambique conclui que desde 2006 se fizeram pelo menos 36 negócios com investidores estrangeiros para a produção de cultivos alimentares.
O relatório da Grain a que a RTP teve acesso denuncia a expulsão de milhares de camponeses das suas terras em Moçambique para dar lugar a grandes plantações industriais com capitais portugueses.
Pesquisadores promovem workshop para a preparação do evento nos dias 9 e 10 de março de 2015.
O lóbi para industrializar a produção alimentar na África altera as leis fundiárias e das sementes de todo o continente para servir as empresas estrangeiras de agronegócio.
- AFSA/GRAIN
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22 January 2015
" Denunciamos as concessões arbitrárias de grandes extensões de terra pelo Conselho de Ministros, sem que tenha havido o mínimo de consulta junto das comunidades atingidas, como são os casos da Portucel, Lúrio Green, Chikweti, entre outros projectos".
Este texto apresenta informações técnicas sobre a natureza e o funcionamento do Fundo Nacala, um instrumento financeiro privado internacional, concebido para financiar projetos agrícolas na região do Corredor de Nacala, em Moçambique.
Hélder Muteia, Representante da FAO em Portugal alerta
As associações de camponeses nos distritos de Ribaué, Província de Nampula, estão agastadas e revoltadas com a Coordenação do Programa ProSAVANA.