15-4-2015, UNAC
(Cabo Delgado, 15 de Abril de 2014) - União Provincial de Camponeses de Cabo Delgado (UPC), um movimento de Camponeses desta Província e membro integrante da União Nacional de Camponeses de Moçambique (UNAC) e da Via Campesina (organização mundial de camponeses) que luta pela defesa dos direitos e interesses dos camponeses, mobiliza mais de cinco mil camponeses em celebração do dia 17 de Abril, dia Internacional do Camponês. As jornadas de luta e mobilização iniciaram na segunda-feira última e culminarão com uma marcha no dia 17 de Abril, a ter lugar no Distrito de Balama, Comunidade de Nacaca.
Os camponeses de Cabo Delgado enfrentam vários desafios no uso e aproveitamento da terra para o alcance da soberania alimentar, que vão desde a violação sistemática dos seus direitos pelos grandes investidores que de forma desenfreada típica do capitalismo selvagem usurpam milhares de hectares de terra, a imposição de modelos de desenvolvimento exógenos ignorando as demandas soberanas do povo, limitações no acesso aos serviços públicos de assistência à produção (extensão, insumos, infra-estruturas, mercados formais), intimidações das lideranças e membros do movimento camponês por apresentarem de forma aberta às demandas dos camponeses, entre outros.
“Após a independência nacional a terra passou a ser propriedade do Estado e segundo a Lei de Terra esta não pode ser vendida, penhorada ou hipotecada, por isso exigimos que o governo faça valer a lei. A Província de Cabo Delgado regista um grande fluxo dos investimentos estrangeiros, que geralmente atropelam a legislação nacional, pelo que, todos os camponeses a nível nacional são convocados para manterem-se firmes na luta pelos seus direitos. Gostaria de estender esta mensagem de luta a todos os companheiros e companheiras ao nível global, articulados na Via Campesina, para que transformemos as nossas pautas de lutas locais em pautas globais, internacionalizando a esperança.” Disse Fernando Sonti, Presidente da União Provincial de Camponeses de Cabo Delgado.
“Sem terra não haverá machambas, sem machambas não haverá comida, sem comida não haverá saúde e sem saúde não haverá trabalho. Para os camponeses a terra é o tesouro que garante a sua vivência. Lutemos juntos e unidos para assegurar a terra que trabalhamos.”
Desde 1996, em memória do massacre de 19 camponeses sem-terra do Brasil, que o movimento camponês internacional cresce e fortalece a jornada de acção e mobilização global, não só consolidando a solidariedade e a resistência, mas também aprofundando a aliança entre o campo e a cidade a favor de um projecto de sociedade baseada na justiça e na dignidade dos povos.
(Cabo Delgado, 15 de Abril de 2014) - União Provincial de Camponeses de Cabo Delgado (UPC), um movimento de Camponeses desta Província e membro integrante da União Nacional de Camponeses de Moçambique (UNAC) e da Via Campesina (organização mundial de camponeses) que luta pela defesa dos direitos e interesses dos camponeses, mobiliza mais de cinco mil camponeses em celebração do dia 17 de Abril, dia Internacional do Camponês. As jornadas de luta e mobilização iniciaram na segunda-feira última e culminarão com uma marcha no dia 17 de Abril, a ter lugar no Distrito de Balama, Comunidade de Nacaca.
Os camponeses de Cabo Delgado enfrentam vários desafios no uso e aproveitamento da terra para o alcance da soberania alimentar, que vão desde a violação sistemática dos seus direitos pelos grandes investidores que de forma desenfreada típica do capitalismo selvagem usurpam milhares de hectares de terra, a imposição de modelos de desenvolvimento exógenos ignorando as demandas soberanas do povo, limitações no acesso aos serviços públicos de assistência à produção (extensão, insumos, infra-estruturas, mercados formais), intimidações das lideranças e membros do movimento camponês por apresentarem de forma aberta às demandas dos camponeses, entre outros.
“Após a independência nacional a terra passou a ser propriedade do Estado e segundo a Lei de Terra esta não pode ser vendida, penhorada ou hipotecada, por isso exigimos que o governo faça valer a lei. A Província de Cabo Delgado regista um grande fluxo dos investimentos estrangeiros, que geralmente atropelam a legislação nacional, pelo que, todos os camponeses a nível nacional são convocados para manterem-se firmes na luta pelos seus direitos. Gostaria de estender esta mensagem de luta a todos os companheiros e companheiras ao nível global, articulados na Via Campesina, para que transformemos as nossas pautas de lutas locais em pautas globais, internacionalizando a esperança.” Disse Fernando Sonti, Presidente da União Provincial de Camponeses de Cabo Delgado.
“Sem terra não haverá machambas, sem machambas não haverá comida, sem comida não haverá saúde e sem saúde não haverá trabalho. Para os camponeses a terra é o tesouro que garante a sua vivência. Lutemos juntos e unidos para assegurar a terra que trabalhamos.”
Desde 1996, em memória do massacre de 19 camponeses sem-terra do Brasil, que o movimento camponês internacional cresce e fortalece a jornada de acção e mobilização global, não só consolidando a solidariedade e a resistência, mas também aprofundando a aliança entre o campo e a cidade a favor de um projecto de sociedade baseada na justiça e na dignidade dos povos.
